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Financiamento sustentável é foco de evento de capacitação multissetorial

Financiamento sustentável é foco de evento de capacitação multissetorial

Objetivo é fornecer instrumentos de capacitação de alta qualidade em finanças sustentáveis para mercados emergentes e economias em desenvolvimento

27 de março de 2024

O acesso limitado dos mercados emergentes e economias em desenvolvimento ao financiamento climático será o foco do evento “Financiando a transição verde: rumo a um futuro de baixo carbono e resiliência climática”, nos dias 3 e 4 de abril, em São Paulo. O evento presencial terá transmissão on-line. A realização é do Instituto Clima e Sociedade (iCS), o Institute of Finance and Sustainability (IFS) e a Capacity-building Alliance of Sustainable Investment (CASI).

A ideia dos organizadores é possibilitar o compartilhamento das melhores práticas internacionais, considerando os contextos e prioridades nacionais, objetivando a construção de um sistema financeiro mais estável e sustentável. O encontro vai fomentar a colaboração e a troca de conhecimento, impulsionando ações coletivas em direção a um futuro de baixo carbono e resiliência climática.

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“Um dos maiores desafios da agenda climática é destravar o financiamento para avançar no que é preciso em mitigação e adaptação aos impactos das mudanças do clima. A parceria entre o iCS, IFS, CASI e JGP contribui ao preparar os atores envolvidos nessa agenda para promover mudanças essenciais aos novos tempos”, disse a diretora do Instituto Clima e Sociedade (iCS), Maria Netto.

É a primeira vez que a CASI se reúne no país. Lançada durante a COP28, em dezembro de 2023, a plataforma está comprometida em fornecer instrumentos de capacitação de alta qualidade em finanças sustentáveis para mercados emergentes e economias em desenvolvimento.

“O Brasil, assim como outros países da América Latina, tem evidente potencial para avançar rumo à economia de baixo carbono. No entanto, enfrenta obstáculos para expandir o financiamento climático a setores como reindustrialização verde, transporte verde, transição energética e fomento à economia circular e bioeconomia. Por isso, é importante que aqueles que atuam nessa área tenham acesso a relevantes instrumentos e recursos, incluindo produtos de conhecimento e estudos de caso. Esperamos colaborar compartilhando expertise e conhecimento”, afirmou o chairman da CASI e presidente do IFS, Ma Jun, que também é ex-co-presidente do Grupo de Trabalho de Finanças Sustentáveis do G20.

Lacuna de financiamento sustentável aumenta

Em relatório para o Grupo de Trabalho em Finanças Sustentáveis do G20 em 2023, o IFS destacou que pesquisas mostram a expansão do mercado global de finanças verdes, mas a maior parte das transações foram feitas em países desenvolvidos ou grandes países em desenvolvimento, como a China. Em um trecho do documento, a instituição informa que “a lacuna de financiamento para sustentabilidade continua a aumentar, e mercados de finanças sustentáveis em países em desenvolvimento continuam subdesenvolvidos, principalmente na América Latina, África, Sudeste da Ásia e Ásia Central”.