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Serrapilheira apoiará futuros cientistas em curso que alia modelos matemáticos à ecologia

Serrapilheira apoiará futuros cientistas em curso que alia modelos matemáticos à ecologia

Iniciativa visa contribuir com a formação de profissionais capazes de responder a questões como a crise climática e a perda de biodiversidade. O apoio é de R$ 3 mil, passagens e hospedagem

16 de agosto de 2024

O Instituto Serrapilheira vai selecionar até 30 estudantes de graduação ou mestrado para um treinamento no uso de ferramentas quantitativas no campo da ecologia. As inscrições para a 5ª edição do Programa de Formação em Ecologia Quantitativa vão até 12 de setembro. A iniciativa é uma das apostas da instituição para contribuir com a formação de futuros cientistas capazes de responder a grandes questões da ecologia, área de pesquisa fundamental para enfrentar desafios atuais, como a crise climática e a perda de biodiversidade.

O edital está disponível no link https://serrapilheira.org/ano/formacao-em-ecologia-quantitativa-2025/

“O Programa de Formação em Ecologia Quantitativa é parte de um movimento do Serrapilheira, intensificado nos últimos anos, para ajudar a desenvolver a ecologia tropical como eixo estratégico para o país, que tem a maior biodiversidade do mundo”, destaca Hugo Aguilaniu, diretor-presidente do Instituto Serrapilheira. “Queremos aproveitar o potencial do Brasil de liderança no combate à crise climática e à devastação de biomas e contribuir para tornar o país um polo global de cientistas da área.”

Crédito é Divulgação / Instituto Serrapilheira
Uma das turmas de campo em ecologia quantitativa do Instituto Serrapilheira em visita a área de relevante interesse ecológico do KM-41 na Amazônia

 

Primeira etapa: curso teórico de verão

O programa de formação é composto por duas etapas. A primeira é um treinamento intensivo em ferramentas quantitativas usadas na ecologia teórica. Nessa fase, que ocorrerá entre janeiro e fevereiro de 2025, de forma presencial, no Rio de Janeiro, o aluno terá aulas sobre temas como modelagem matemática, estatística e simulações computacionais, e desenvolverá um projeto em grupo, trabalhando de forma interdisciplinar para responder a uma pergunta da ecologia usando modelos matemáticos.

Os aprovados receberão um apoio de R$ 3 mil para cobrir custos com alimentação e transporte durante a primeira fase do curso. O programa também irá financiar as passagens de ida e volta para o Rio de Janeiro a alunos de outras cidades do Brasil, assim como a hospedagem durante o período de formação.

Além das aulas, o treinamento prevê ainda uma “imersão científica” nas duas últimas semanas desta primeira fase, na região serrana do Rio, com seminários, workshops e palestras com cientistas que são referência na área. Será uma oportunidade de interagir com pesquisadores de diversos subcampos da ecologia no Brasil e no mundo e ter contato com diversas aplicações possíveis das ferramentas quantitativas com as quais se familiarizaram nas primeiras semanas. A lista de professores pode ser conferida no edital.

Segunda etapa: curso de campo de inverno

Outro diferencial do programa é um curso de campo em dois biomas brasileiros, para 16 alunos selecionados entre os 30 participantes da primeira fase. Eles vão trabalhar em projetos em grupo que unam modelos matemáticos, computacionais ou estatísticos ao trabalho de coleta de dados, observações ou experimentos. Nas últimas duas edições, o curso de campo aconteceu na Mata Atlântica, no Parque Estadual do Itinguçu, em Peruíbe/SP, e depois na Floresta Amazônica, na Área de Relevante Interesse Ecológico do Km 41, próxima a Manaus/AM.

Quem pode se inscrever

Podem se inscrever alunos de qualquer área que estejam na graduação ou mestrado, ou que tenham concluído o mestrado e estejam na etapa prévia ao doutorado, e que tenham interesse em desenvolver pesquisas com abordagem interdisciplinar em ecologia.

A etapa de seleção e as aulas serão em inglês. O candidato também deve ter familiaridade com matemática básica e noções de cálculo. Embora não seja um requisito, também é desejável que já tenha tido contato com alguma linguagem de programação (como R ou Python, por exemplo).

Interessados em participar podem se inscrever por meio de formulário neste link:

https://serrapilheira.fluxx.io/

Entre as exigências, estão o envio de uma carta de motivação sobre a trajetória do candidato e seu interesse no programa, cartas de recomendação de dois pesquisadores, histórico escolar e currículo de até duas páginas, em inglês.

Crédito é Divulgação / Instituto Serrapilheira