Segundo a União Nacional do Etanol de Milho, crescimento do setor visa a atender demanda interna crescente por biocombustíveis e diversificação da matriz energética nacional
22 de julho de 2024
Segundo a União Nacional do Etanol de Milho (UNEM), 20 novas biorrefinarias de etanol de milho estão com autorização de construção ou programadas para os próximos anos no Brasil, a maior parte delas no Centro-Oeste do país. Atualmente, segundo a instituição, cerca de 20% do etanol consumido é derivado do grão.
A estimativa é de que a produção saia dos 6,3 bilhões de litros de etanol de milho da última safra e chegue a 16,6 bilhões de litros na safra 2033/34, reforçando a posição estratégica do Brasil como um dos líderes globais no setor de biocombustíveis.
“Hoje temos 22 biorrefinarias em operação, 11 delas no Mato Grosso. Essa concentração existe em razão das condições oferecidas para a indústria, mas a tendência dos grupos investidores, com capital internacional e brasileiro, é espalhar e fomentar a economia de outras regiões”, revela o diretor de Relações Institucionais e Sustentabilidade da UNEM, Bruno Alves.
Segundo a UNEM, o crescimento do setor visa a atender uma crescente demanda interna por biocombustíveis e pela necessidade de diversificação da matriz energética nacional. O diretor da UNEM reforça que as novas unidades vão ajudar a reduzir a dependência de combustíveis fósseis, além possibilitar vantagens ambientais, incluindo o menor uso de insumos agrícolas e um ciclo de produção mais eficiente em termos de emissões de gases de efeito estufa.
As tendências para o setor serão discutidas na 30ª Fenasucro & Agrocana, que será realizada de 13 a 16 de agosto, em Sertãozinho/SP.
O diretor da Fenasucro & Agrocana, Paulo Montabone, reforça que a feira oferece todos os produtos, inovações e tecnologias para a criação de novas biorrefinarias e também para o retrofit dessa produção.
“Hoje, a maior usina de etanol do Brasil é de milho. E muito nos orgulha saber que o assunto etanol de milho surgiu na Fenasucro & Agrocana e agora se tornou realidade. Trazemos tendência, por isso somos referência”, declara. “A novidade que discutiremos agora, durante a 30ª edição, são as biorrefinarias. Nelas, independente do que você planta e entrega, o resultado será um subproduto ecologicamente correto. Pode ser milho, soja ou cana”, completa.
O processo de produção de etanol de milho também gera subprodutos que são utilizados na alimentação animal.
