20 de maio de 2024

A climatech brCarbon é uma das vencedoras da licitação do governo do Amazonas que autoriza o desenvolvimento de projetos de carbono em 11,9 milhões de hectares de terras públicas em 21 unidades de conservação. A empresa atuará em duas áreas distintas no oeste do Amazonas, próximas ao Rio Madeira e Rio Gregório, que somadas compreendem cerca de 600 mil hectares.

“Temos vasta experiência para realizar este trabalho. Hoje atuamos em cerca de cinco milhões de hectares de área, entre implementação e já implementados. É certamente gratificante estabelecer esta parceria com o poder público para ampliar nosso portfólio e levar adiante uma iniciativa como esta”, destaca David Escaquete, diretor comercial da brCarbon.

Envolvendo uma área enorme de conservação, o objetivo desta chamada pública é implementar iniciativas de REDD+, projetos que priorizam o desenvolvimento sustentável e garantem a floresta em pé. O governo amazonense espera gerar 163 milhões de créditos de CO2e – onde cada um deles corresponde a uma tonelada de gás carbônico que deixa de ser lançada na atmosfera pelo desmatamento evitado.

“O grande beneficiário é a sociedade, pois estamos cuidando de uma área de conservação. O projeto de carbono promove a conservação gerando riqueza. Ele nasce do consentimento e o tempo todo considera que seus benefícios devem alcançar todas as pessoas envolvidas e do seu entorno”, complementa Escaquete.

Os vencedores do edital, que prevê um contrato de 30 anos de duração, foram selecionados por uma série de exigências e critérios técnicos, que avaliaram não só a proposta como a experiência da empresa em trabalhos anteriores. “Apresentamos uma espécie de design prévio do que pretendemos implementar. E escolhemos atuar nas regiões dos rios Madeira e Gregório, por conhecer muito bem o perímetro, pela proporção e pela proximidade aos nossos outros projetos, onde temos facilidade operacional” ressalta Escaquete.

Em cada uma das áreas em que foi selecionada, a brCarbon ficará responsável pelo desenvolvimento e monitoramento do projeto, bem como o trâmite junto às entidades certificadoras e a venda dos ativos. Além disso, promoverá consultas para consentimento das populações afetadas e conduzirá os processos de auditoria necessários para a emissão de créditos.

No programa, metade do dinheiro arrecadado pelo governo será investido nas áreas geradoras dos créditos, e a outra parte será destinada ao Fundo Estadual de Mudanças Climáticas (Femucs), que atua em gestão ambiental. O governo amazonense estima que 8.050 famílias, de 483 comunidades, serão beneficiadas diretamente pela iniciativa.

Imagem: Divulgação