carbonreport.com.br

Chegou a vez da dieta climatariana, saudável e amiga da natureza

Chegou a vez da dieta climatariana, saudável e amiga da natureza

O Food Connection fala em contar emissões de carbono, em vez de calorias, enquanto o Climatarian.com defende a comida com menor pegada de carbono para ajudar a salvar o planeta

16 de fevereiro de 2024

Vegana, vegetariana, pescatariana ou climatariana? Os sites especializados em alimentação também entraram no boom climático e começam a falar sobre uma nova modalidade de dieta, que é saudável e impacta menos o clima.

“E se em vez de contar calorias, contássemos emissões de carbono? Nem vegana, nem carnívora, o que promete salvar o planeta é a dieta climatariana”, diz o Food Connection. O tema já tem até uma página específica na internet, Climatarian.com, uma iniciativa da Climates Network CIC, organização privada sem fins lucrativos do Reino Unido, com foco particular na alimentação e no clima.

Comer pensando no clima é escolher alimentos com menor intensidade de carbono em sua produção, explica o Climatarian.com. Seguir uma dieta climática é fácil, dizem os especialistas, que não são radicais. A produção de carnes, destacam, provoca grandes emissões de gases efeito estufa, mas o impacto varia, facilitando a adaptação do cardápio ao baixo carbono.

As carnes mais intensivas em carbono são as dos ruminantes, explica o Climatarian.com. “Os animais que pastam e que ruminam, como bovinos, ovinos, caprinos e veados, são conhecidos como ruminantes e têm um impacto climático muito maior do que outros animais de criação. A comida é fermentada em seu sistema digestivo de quatro estômagos, então eles arrotam gás metano. Eles também utilizam mais terra, necessitam de alimentos com maior consumo de energia e produzem mais estrume do que porcos ou galinhas. Tudo isto resulta em emissões de gases com efeito de estufa muito mais intensas por kg de alimento.”

A sugestão do Climatarian.com é trocar a carne bovina ou de cordeiro, por exemplo, pela suína ou de aves. Esta simples mudança nas refeições diárias economizaria uma tonelada de CO2e por ano no Reino Unido, dizem, baseados em dados locais.

Segundo eles, o melhor é reduzir o consumo de carnes em geral, mas diminuir a pegada de carbono do cardápio pode incluir outras medidas. Uma delas é evitar o desperdício de alimentos. Outra é escolher produtos sazonais locais e evitar os que são transportados por aviões, que consomem muita energia.

O Food Connection complementa a lista do que deve ser cortado do cardápio: alimentos que requeiram grandes quantidades de recursos naturais, como a água. ou contribuam para a poluição; causam acidificação dos oceanos; usem embalagens excessivas ou que não são biodegradáveis.