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Companhia aérea da Nova Zelândia desiste de suas metas de descarbonização para 2030

Companhia aérea da Nova Zelândia desiste de suas metas de descarbonização para 2030

O anúncio representa uma reviravolta em relação ao comunicado de 2022, em que a empresa se declarou a segunda do setor no mundo a ter seus planos validados pela SBTi

30 de julho de 2024

Air New Zealand anunciou nesta terça-feira (30/7) que vai abandonar sua meta de redução de intensidade de carbono para 2030 e se retirar da iniciativa Science Based Target (SBTi). A decisão está sendo considerada o maior revés de uma companhia aérea nos compromissos de descarbonização propostos pelas Nações Unidas rumo ao cumprimento do Acordo de Paris de redução de emissões no setor.

O anúncio também representa uma reviravolta acentuada em relação ao comunicado de 2022 da Air New Zealand, no qual a empresa se declarou a segunda companhia aérea do mundo a ter seus planos validados pela estrutura de aviação da SBTi. A aérea havia prometido uma redução de 28,9% nas emissões de carbono até 2030, a partir de uma base de referência de 2019, com uma queda de 16,3% nas emissões absolutas.

“Após cuidadosa análise, a Air New Zealand está removendo sua meta de redução de intensidade de carbono com base científica para 2030 e se retirará da iniciativa Science Based Targets”, diz o comunicado.  A empresa alega que muitas das alavancas necessárias para atingir a meta, incluindo a disponibilidade de novas aeronaves, a acessibilidade e disponibilidade de combustíveis alternativos para aviação e o suporte regulatório e político global e nacional, estão fora do controle direto da companhia e continuam sendo desafiadoras.

O CEO da Air New Zealand, Greg Foran, disse que, nos últimos meses, e mais ainda nas últimas semanas, também se tornou aparente que potenciais atrasos em nosso plano de renovação de frota representam um risco adicional à viabilidade da meta”. Segundo ele, é possível que a companhia aérea precise manter sua frota existente por mais tempo do que o planejado, devido a problemas globais de fabricação e cadeia de suprimentos que poderiam potencialmente retardar a introdução de aeronaves mais novas e mais econômicas na frota.

A companhia informou, ainda, que considera uma nova meta de redução de emissões de carbono em curto prazo que poderia refletir melhor os desafios relacionados à disponibilidade de aeronaves e combustível de aviação alternativo no setor.

A Air New Zealand continua comprometida em atingir sua meta de emissões líquidas zero de carbono para 2050.