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Fórum Econômico Mundial lança aliança para acelerar a transição energética nos países em desenvolvimento

Fórum Econômico Mundial lança aliança para acelerar a transição energética nos países em desenvolvimento

Nova aliança e estudo sobre o tema visam orientar os formuladores de políticas e líderes empresariais do setor energético em direção a uma transição energética justa, equitativa e inclusiva

17 de janeiro de 2024

O Fórum Econômico Mundial anunciou, nesta quarta-feira (17/1), o lançamento de uma nova aliança para estimular a aceleração sustentável da transição energética nas economias em desenvolvimento. A Rede para Mobilizar o Investimento em Energia Limpa para o Sul Global é composta por mais de 20 CEOs e ministros governamentais. O espaço colaborativo,possibilitará a troca de soluções de energia limpa em contextos de mercados emergentes – através de políticas inovadoras, novos modelos de negócios, ferramentas de redução de risco e mecanismos de financiamento – e trocas sobre as melhores práticas para atrair fluxos sustentáveis ​​de capital de energia limpa.

De acordo com estudo divulgado pelo Fórum, o investimento anual em energia limpa no Sul Global precisa triplicar, dos atuais US$770 bilhões para US$2,2 trilhões e US$2,8 trilhões até ao início da década de 2030. Embora as despesas recentes tenham aumentado, o relatório conclui que continuam concentradas em alguns países e setores, tendo mais de 90% do crescimento do investimento ocorrido nas economias avançadas e na China desde 2021.

“Acelerar a transição para energias limpas é imperativo para enfrentar a emergência climática, mas os atuais níveis de investimento permanecem muito abaixo da escala e do ritmo de mudança necessários”, afirmou Roberto Bocca, Chefe do Centro de Energia e Materiais do Fórum Económico Mundial. “Desbloquear este financiamento hoje não é apenas um primeiro passo fundamental para um sistema energético seguro e equitativo amanhã, mas representa uma clara oportunidade para as empresas, uma vez que as economias emergentes representam a maior parte da população global.”

O Fórum também divulgou o relatório “Construindo Confiança através de uma Transição Energética Equitativa e Inclusiva”, que descreve uma estrutura para orientar os formuladores de políticas e líderes empresariais do setor energético em direção a uma transição energética justa, equitativa e inclusiva, particularmente nas economias em desenvolvimento, que representam menos de um quinto dos investimentos globais em energia limpa. 

As conclusões deixam claro que negligenciar a equidade, a justiça e a inclusão pode atrasar gravemente a transição, tornando crucial abordar estes aspectos de forma holística a todos os níveis – local, nacional e global.