carbonreport.com.br

GRI e da IFRS Foundation trabalham pela interoperabilidade nos relatórios de sustentabilidade

GRI e da IFRS Foundation trabalham pela interoperabilidade nos relatórios de sustentabilidade

Parceria entre as duas organizações internacionais definidoras de padrões de sustentabilidade e risco climático atende a demanda de investidores e outras partes interessadas

24 de maio de 2024

A Fundação IFRS e a Global Reporting Initiative (GRI) anunciaram, nesta sexta-feira (24/5), que estão trabalhando em conjunto para fornecer um modelo de relatórios de sustentabilidade integrado, global e abrangente para empresas que procuram satisfazer as necessidades de informação tanto dos investidores quanto de uma gama mais ampla de partes interessadas. A colaboração entre as duas entidades internacionais está prevista em um memorando de entendimento assinado por elas em 2022.

O objetivo é otimizar a forma como as Normas GRI e ISSB podem ser utilizadas em conjunto, para facilitar a elaboração de relatórios sobre os impactos, riscos e oportunidades gerados externamente ou pela organização.

Tanto o International Sustainability Standards Board (ISSB), da IFRS Foundation, quanto o Global Sustainability Standards Board (GSSB), que criou os padrões GRI, se comprometeram a identificar e alinhar conjuntamente divulgações comum que atendam às necessidades de informação sob os distintos âmbitos e finalidades das suas respectivas normas, tanto para normas temáticas como setoriais.

Um resultado inicial da colaboração envolverá um piloto de metodologia baseado no recentemente publicado Padrão de Biodiversidade GRI 101 e no próximo projeto do ISSB sobre Biodiversidade Ecossistemas e Serviços Ecossistêmicos.

O ISSB e o GSSB continuarão a tomar decisões separadamente, de acordo com os devidos processos de definição de padrões estabelecidos, incluindo consulta pública em relação a quaisquer alterações propostas às suas respectivas normas em relação ao alinhamento de divulgações comuns.

Erkki Liikanen, Presidente dos Curadores da Fundação IFRS, afirmou que “os curadores da Fundação IFRS acreditam que o acordo de hoje solidifica e avança esse MoU para que juntos possamos reduzir a duplicação, a fragmentação e a complexidade no cenário de divulgação de sustentabilidade.”

Já Eelco van der Enden, CEO da GRI, disse que a GRI está totalmente empenhada em trabalhar com parceiros-chave para aumentar a transparência das organizações em todo o mundo relativamente aos seus impactos, o que não pode ser alcançado sem relatórios de sustentabilidade consistentes e claros. “Desde o início, a nossa colaboração com a Fundação IFRS baseou-se no desejo de garantir que as normas GRI e ISSB possam ser utilizadas em conjunto de forma integrada, para que os relatórios de sustentabilidade sejam simplificados e robustos. O anúncio de hoje marca um passo importante para tornar isso uma realidade, acrescentou.

Carol Adams, presidente do GSSB,comentou que o trabalho conjunto entre o GSSB e o ISSB procura promover uma integração mais estreita na definição de normas, ao mesmo tempo que reforça as nossas posições distintas, mas complementares, no panorama global dos relatórios empresariais. “Este novo acordo reconhece o nosso compromisso em melhorar a divulgação dos impactos mais significativos de uma organização, bem como dos seus riscos e oportunidades relacionados com a sustentabilidade. A próxima etapa, começando pela biodiversidade, cria impulso para um sistema de padrões globais totalmente alinhado. Acreditamos que os repórteres e as partes interessadas, incluindo os investidores, acolherão com satisfação esta medida.”

Emmanuel Faber, presidente do ISSB, explicou que o foco do ISSB continua a ser a satisfação das necessidades de informação dos mercados de capitais. “Através desta colaboração, as empresas que desejarem aplicar as Normas ISSB e GRI para facilitar a elaboração de relatórios a uma gama mais ampla de partes interessadas poderão fazê-lo de forma integrada.”

O ISSB continuará a concentrar-se em satisfazer as necessidades de informação dos investidores sobre os riscos e oportunidades relacionados com a sustentabilidade das organizações – mais especificamente, em satisfazer as necessidades comuns de informação dos utilizadores primários, conforme definido nas Normas ISSB.

Já o GSSB continuará a concentrar-se na satisfação das necessidades de um vasto leque de partes interessadas, incluindo investidores, sobre os impactos mais significativos das organizações na economia, no ambiente e nas pessoas, e na contribuição para o desenvolvimento sustentável.