O que a prefeitura do Rio está fazendo para tornar a cidade mais sustentável
12 de janeiro de 2024
Expansão do VLT
A prefeitura está estendendo os trilhos do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), do centro até São Cristóvão, onde vai inalgurar o Terminal Intermodal Gentileza, em homenagem ao poeta carioca de mesmo nome. Também está estudando a substituição de dois corredores de BRT pelo VLT: Transcarioca e Transoeste.
Considera, ainda, implantar o VLT na Zona Sul da cidade, entre os bairros de Botafogo e Gávea.
O Rio tem hoje 29 km de trilhos. A expectativa é de que os projetos de expansão ampliem a malha para 250 km.
Uso de energia renovável para reduzir a conta de luz e as emissões de CO2
O Rio é a primeira cidade da América Latina a utilizar energia renovável para abastecer órgãos públicos. Em setembro de 2023, a prefeitura começou a privilegiar a adoção de fontes limpas e renováveis no Mercado Livre de Energia, para uso em sua sede, o Centro Administrativo São Sebastião (CASS).
A medida evita a emissão de 40 mil toneladas de CO2 e proporciona economia para o município, em cinco anos, superior a R$30 milhões.
A aquisição de energia no ambiente livre de contratação (ACL) faz parte do Programa de Eficiência Energética (PEE) chamado “Rio de Energia Verde”, desenvolvido pela prefeitura com a 2W Ecobank, comercializadora do Mercado Livre de Energia do Brasil.
O projeto rendeu à prefeitura o Prêmio InovaCidade 2023, concedido pelo Instituto Smart City America Business, na categoria “Inovação e Sustentabilidade Ambiental”.
A próxima etapa é viabilizar o abastecimento do Centro de Operações Rio (COR) e de vinte unidades de saúde municipais, como os hospitais Miguel Couto, Albert Schweitzer, Rocha Faria, Lourenço Jorge, e Pedro II. Nos vinte equipamentos de saúde, a estimativa de economia é de R$115 milhões, em cinco anos, e de evitar 74 mil toneladas de gases de efeito estufa. No COR, serão economizados, em cinco anos, aproximadamente R$5,5 milhões e oito mil toneladas de GEE evitadas.
Implantação de usina solar em antigo aterro sanitário
A instalação de uma usina solar num antigo aterro sanitário, desativado em Santa Cruz, vai gerar pelo menos R$2 milhões de economia por ano para o município. A prefeitura já anunciou o vencedor da licitação da Parceria Público-Privada (PPP) para construção do Solário Carioca que fornecerá energia renovável para imóveis públicos.
O vencedor foi o Consórcio Rio Solar, que ofereceu desconto de 20,5% sobre a tarifa vigente da Light e investimento privado estimado em R$45 milhões, no período de 25 anos. A Usina Solar Fotovoltaica (USF) funcionará no modelo de Minigeração Distribuída de energia limpa e terá potência de 5 megawatts (MW).
Mais de 11 mil painéis devem ser instalados em um ano após assinatura do contrato – prevista para agosto de 2024. A Prefeitura informa que já mapeou ao menos mais quatro outras áreas para implantação de mais usinas fotovoltaicas na cidade.
Substituição de ônibus do BRT por veículos que emitem 80% menos CO2
Para recuperar o sistema BRT, a prefeitura comprou 713 novos veículos, sendo que 422 destes estão equipados com a tecnologia sustentável Euro 6, o que reduz em até 80% a emissão de gases poluentes. O Rio de Janeiro tornou-se a primeira cidade brasileira a adquirir articulados compatíveis com a norma ambiental Proconve P-8, equivalente ao Euro 6. Além da redução de poluentes, os ônibus contam com moderna tecnologia e são equipados com telemetria para análise de desempenho.
Ampliação da coleta seletiva de lixo
A prefeitura informa que a Comlurb vem ampliando, ano a ano, a coleta seletiva de lixo na cidade. Hoje, recolhe em média 1.300 toneladas por mês de materiais potencialmente recicláveis, cerca de 9,6% dos 40% de resíduos domiciliares potencialmente recicláveis.
O material coletado nos 122 bairros da cidade é entregue a 28 cooperativas de catadores credenciadas, que fazem a separação e comercializam os produtos. O lixo reciclável garante trabalho e renda para os cooperativados e suas famílias.
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