Critérios são voltados à fixação de metas de redução de emissões por empresas e instituições financeiras da cadeia de valor da construção
28 de agosto de 2024
A iniciativa (Science Based Targets SBTi) lançou hoje (28/8) o Buildings Sector Science-Based Target-Setting Criteria, um conjunto de orientações para a definição de metas de descarbonização no setor de edificações. A SBTi é uma uma colaboração entre o CDP, o Pacto Global das Nações Unidas, o Instituto de Recursos Mundiais e o Fundo Mundial para a Natureza.
As orientações são voltadas a empresas e instituições financeiras da cadeia de valor do setor. Duas delas estão relacionadas à construção, em si, e aos equipamentos nela instalados. Outras duas são relativas à energia utilizada quando a construção já está em uso e ao aumento da eficiência energética em edifícios antigos.
De acordo com o diretor Técnico da SBTi, Alberto Carrrillo Pineda, o setor de edificações tem agora ferramentas para construir na direção do net-zero. Segundo ele, descarbonizar edifícios antigos e novos é fundamental para enfrentar as mudanças climáticas.
Nos novos edifícios, a orientação é reduzir as emissões de gases de efeito estufa iniciais incorporadas às matérias-primas, fabricação, transporte e à construção. O objetivo é que essas atividades, não ultrapassem um limite máximo de emissões de 15% em termos globais, até 2030, 80% nas economias em desenvolvimento.
Outra recomendação é interromper a instalação de equipamentos de aquecimento, cozimento, geração de energia e água quente baseados em combustíveis fósseis, o mais tardar a partir de 2030.
As recomendações também abrangem as emissões associadas à energia de um edifício quando ele está em uso. O SBTi trabalhou em colaboração com a iniciativa Carbon Risk Real Estate Monitor (CRREM) para desenvolver caminhos regionais para emissões em uso, de modo que as metas reflitam variações nas redes elétricas locais e como os edifícios são usados.
As empresas do setor também devem se comprometer a implementar melhorias de eficiência energética para descarbonizar edifícios antigos. Para isso, as obras de retrofit precisam mais do que dobrar, até 2030, de maneira que o setor possa se alinhar ao cenário Net Zero de 2050 da Agência Internacional de Energia.