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Sete em cada dez brasileiros querem mais ação do governo no combate às mudanças climáticas

Sete em cada dez brasileiros querem mais ação do governo no combate às mudanças climáticas

Globalmente, 63% dos os entrevistados declaram que países desenvolvidos, como os EUA, Reino Unido, Canadá, Alemanha e França devem pagar mais para resolver o problema climático

29 de abril de 2024

Segundo dados levantados em 33 países pelo Instituto de pesquisa Ipsos, 73% dos brasileiros afirmam que o governo brasileiro deveria intensificar seus esforços no combate às mudanças climáticas. A pesquisa “Earth Day 2024” foi realizada entre 26 de janeiro a 9 de fevereiro de 2024 e teve a participação de 24.290 entrevistados, com cerca de 1.000 deles no Brasil. A margem de erro para o país é de 3,5 pontos percentuais.

O Brasil ficou em 8° lugar no ranking global dos que mais concordam com a necessidade de fazer mais para combater as mudanças climáticas A média foi de 63%. Os líderes do ranking são Indonésia (83%), China (81%) e Tailândia (77%). Já os que menos concordam são os países desenvolvidos: Alemanha (43%), Holanda (43%) e Japão (43%).

Globalmente, o levantamento também revela que 63% declaram que países desenvolvidos, como os Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Alemanha e França, devem pagar mais para resolver o problema climático, dada sua maior responsabilidade histórica na produção de emissões de carbono. Mas quando questionados sobre “não podemos enfrentar plenamente as alterações climáticas a menos que todos os países trabalhem em conjunto”, três a cada quatro pessoas (74%) no mundo acreditam que todos os países devem trabalhar juntos na resolução deste problema.

Percepções climáticas

A pesquisa também revela que 40% dos brasileiros acham que o Brasil já é um líder mundial na luta contra as mudanças climáticas. As nações com maiores índices de concordância são China (75%), Índia (73%), e a Indonésia (54%), enquanto os países com menores índices são Japão (12%), Romênia (10%) e Hungria (9%).

Além disso, 63% das pessoas em todo o mundo expressam a preocupação de que, “se as ações individuais não forem tomadas agora para combater as mudanças climáticas, estaremos falhando com as gerações futuras”. A Indonésia lidera esse indicador, com 80%, seguida pela Índia (77%) e Colômbia (77%). O Brasil ocupa a 9ª colocação com 72%.

Pequenas ações para grandes mudanças

O levantamento aponta que globalmente, 69% das pessoas acreditam que “se todos fizessem pequenas mudanças em suas vidas cotidianas, isso poderia ter um grande impacto no combate às mudanças climáticas.” No Brasil, o índice de concordância é de 72%. Este consenso, no entanto, varia entre as gerações e gêneros. Por exemplo, entre os Boomers, 78% das mulheres correspondem, em comparação com 69% dos homens. Na Geração X, 74% das mulheres estão de acordo, contra 69% dos homens. Os Millennials representam 71% das mulheres e 66% dos homens, enquanto na Geração Z são menos propensos a pensar assim, com os resultados sendo de 66% entre mulheres e 61% entre homens.

Pessimismo masculino

Outra informação que a pesquisa “Earth Day” traz é sobre o pessimismo dos jovens e adultos homens, em que concordam com a afirmação “não haver sentido em mudar seu próprio comportamento para combater as mudanças climáticas porque isso não fará diferença de qualquer maneira”. O levantamento global também aponta que quase um em cada três se sente particularmente impotente, sendo 31% são jovens da geração Z, e outros 31% da geração Millennial.