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SP terá usina fotovoltaica flutuante para gerar energia limpa, barata e acessível

SP terá usina fotovoltaica flutuante para gerar energia limpa, barata e acessível

Tarcísio de Freitas (Republicanos) destacou a política energética de sustentabilidade do estado, confirmando a importância da descarbonização para além dos governos de esquerda

21 de janeiro de 2024

O governo do estado de São Paulo apresentou, na última quarta-feira (17), a conclusão da primeira etapa de implantação da Usina Fotovoltaica Flutuante (UFF Araucária), na represa Billings, na capital do estado. O projeto é mais um indicador de que a descarbonização da economia e o combate às mudanças climáticas ganham escala em todos os níveis de governo, independente do matiz ideológico.

Com 10,5 mil placas sobre a lâmina d’água e investimento inicial de R$30 milhões, a planta tem capacidade para produzir até 10 GWh por ano a partir da matriz solar, o equivalente ao consumo de quatro mil residências, divulgou o governo do estado. A geração de energia será iniciada imediatamente após emissão da licença de operação pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).

A planta será a maior do país a operar comercialmente na modalidade Geração Distribuída, com geradores localizados próximos aos centros de consumo. A produção será abatida do consumo de energia elétrica dos clientes da usina, por meio de compensação nas contas de luz.

“O projeto é muito interessante porque a gente está aproveitando o espelho d’água para gerar energia, temos a primeira usina fotovoltaica flutuante que vai gerar energia comercialmente no Brasil. É um exemplo que veio para ficar e temos que usar esse potencial para gerar energia limpa, barata e acessível. É mais um passo na nossa política energética de sustentabilidade”, afirmou o governador Tarcísio de Freitas durante a cerimônia.

O evento também teve a participação da secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, dos presidentes da Assembleia Legislativa do Estado, André do Prado, e da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite, e do prefeito da capital, Ricardo Nunes, além de autoridades estaduais e municipais e gestores da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae).

A usina é um dos principais projetos de desenvolvimento de energia sustentável em São Paulo. A conclusão está prevista para o final de 2025, com a entrega de outros 75 MW de energia renovável e investimento de R$450 milhões.

“Esta usina é a concretização do que estamos perseguindo no estado de São Paulo em relação à energia limpa, transição energética e descarbonização. Nosso plano de energia tem um horizonte até 2050 e, só no ano passado, prospectamos mais de R$20 bilhões em projetos de energia que olham a economia circular. Isto significa usar energia limpa para levar prestação de serviço de qualidade aliada ao meio ambiente e ao que, de fato, significa sustentabilidade”, afirmou Natália Resende.

Em dois meses, a implementação da usina gerou cerca de 200 empregos. Em comparação com a área total da Billings, o espaço ocupado pela usina na superfície da represa é menor que 0,1%, com baixo impacto ambiental de instalação no local.

“Esse é um projeto grandioso, que alavanca o setor fotovoltaico sobre lâminas d’água. Somente nessa primeira fase, foram gerados 80 empregos diretos e aproximadamente 120 empregos indiretos pelas empresas fornecedoras. A previsão para os próximos dois anos é de muito trabalho com a instalação de mais plantas. Estamos 100% engajados nesse objetivo”, afirmou o diretor-presidente da Emae, Marcio Rea.