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Atvos vai construir a maior fábrica de biometano a partir de resíduos da cana do Brasil

Atvos vai construir a maior fábrica de biometano a partir de resíduos da cana do Brasil

A Unidade, com capacidade de produção de 28 milhões de m³ de biometano por safra, será a primeira do gênero da companhia e ficará localizada em Nova Alvorada do Sul (MS)

10 de abril de 2024

A Atvos, uma das maiores produtoras de biocombustíveis do Brasil, anunciou a assinatura de um Memorando de Investimentos para a construção de sua primeira unidade de biometano a partir de resíduos da cana-de-açúcar. A unidade, que ficará localizada em Nova Alvorada do Sul (MS), onde a companhia já possui uma planta responsável pela produção de etanol, deve receber investimentos superiores a R$350 milhões.

Serão utilizados como insumos a vinhaça e a torta de filtro, resíduos resultantes da cadeia produtiva da cana. A unidade ocupará uma área de 150 mil metros quadrados e terá capacidade instalada de 28 milhões de metros cúbicos de biometano. A companhia também reforça seu compromisso com o desenvolvimento socioeconômico do Estado, onde gera diretamente 4 mil empregos e 11 mil de forma indireta.

“Agradecemos o apoio do governo do Estado de Mato Grosso do Sul e da prefeitura de Nova Alvorada do Sul, por criarem as condições necessárias para o desenvolvimento de novos negócios na região. Acreditamos que essa parceria entre as iniciativas público e privada é fundamental para ampliar a geração de riquezas, movimentar a economia, fortalecer a cadeia produtiva e garantir prosperidade para a sociedade em geral”, afirma Bruno Serapião, CEO da Atvos, que fez o anúncio sobre o empreendimento na cerimônia de abertura da Expocanas, realizada nesta quarta-feira (10/4) em Nova Alvorada do Sul.

“A implantação da fábrica de biometano na Unidade Santa Luzia (USL) marcará a entrada da Atvos no mercado de gás natural de origem renovável, com o diferencial de produzi-lo em larga escala para atender uma demanda que não para de crescer. Ao mesmo tempo, ampliamos nosso portfólio de soluções sustentáveis, e, sobretudo, contribuímos efetivamente para a transição da matriz energética, seguindo um conceito de economia circular, ao darmos destino e gerarmos novas receitas a partir de resíduos da nossa cadeia de produção”, complementa o executivo.

A expectativa é que o projeto entre agora em fase de análises de engenharia para aprovação final e que as obras sejam iniciadas ainda neste ano de 2024. “Temos levado adiante um estado que tem se diferenciado num ambiente de negócios e investimentos, fruto da união de uma série de atores comprometidos com objetivo de desenvolvimento e crescimento econômico do Estado e do país. Assumimos aqui um compromisso de tornar cada vez mais competitivo o setor no Mato Grosso do Sul. E a Atvos está na fronteira e vanguarda da bioenergia do Brasil”, declara o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel.