13 de março de 2024

A Apple anunciou nesta quarta-feira (13/3) que a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) e a Murata Manufacturing, suas fornecedoras, vão investir US$80 milhões no Restore Fund. O objetivo é financiar projetos de agricultura regenerativa, conservação e restauração de ecossistemas na América do Sul, um deles na área de Mata Atlântica no Sul da Bahia.

Os recursos vão apoiar a criação de florestas operacionais certificadas e sustentáveis em áreas de pastagens degradadas e terras agrícolas. Um dos projetos, gerido pela Symbiosis, desenvolve mudas nativas para cultivar florestas produtivas de madeiras nobres tropicais nativas e, ao mesmo tempo, proteger as florestas naturais da Mata Atlântica.

A Apple, a Goldman Sachs e a Conservation International, estão estabelecendo parcerias com gestores florestais como a Symbiosis, BTG Pactual Timberland Investment Group e Arbaro Advisors para gerirem os projetos. A fabricante do iPhone espera que o portfólio supere a meta de remover 1 milhão de toneladas métricas de dióxido de carbono do ar até 2025.

Divisão da conta

A fundição global de semicondutores TSMC investirá até US$50 milhões em um fundo administrado pela Climate Asset Management, uma joint venture do HSBC Asset Management and Pollination. Já a Murata, fornecedora de iPhone com sede no Japão, destinará até US$30 milhões por meio do mesmo fundo.

“Quando as empresas investem na natureza, estão também investindo em comunidades mais saudáveis, numa economia global mais resiliente e numa ferramenta crítica na luta contra as alterações climáticas”, afirmou Lisa Jackson, vice-presidente de Ambiente, Políticas e Iniciativas Sociais da Apple.

“O Fundo Restore já está proporcionando benefícios reais para comunidades e ecossistemas na América do Sul, ao mesmo tempo que remove carbono da atmosfera. E estamos entusiasmados por ver os fornecedores juntarem-se a nós investindo na natureza, além do seu trabalho urgente para descarbonizar os seus negócios”, acrescentou.

Projetos

Todos os projetos selecionados para receber recursos do Fundo de Restauração passam por avaliações regulares para monitorar as mudanças e o crescimento florestal ao longo do tempo, abordar incêndios e outros riscos potenciais e verificar o estoque de carbono florestal. Como parte desta análise, a Apple e parceiros – incluindo Space Intelligence e Upstream Tech – usaram ferramentas inovadoras como LiDAR no iPhone, dados de satélite, monitoramento bioacústico e aprendizado de máquina para avaliar o bem-estar da terra e o progresso do projeto.

Todos os projetos da primeira fase do Fundo de Restauração partilham o objetivo de criar novas florestas operacionais geridas de forma responsável para ajudar a satisfazer a crescente procura global de madeira e reduzir a pressão sobre as florestas naturais.

Progresso para o net zero

A TSMC e a Murata estão entre os mais de 300 fornecedores do Programa de Energia Limpa para Fornecedores da Apple comprometidos a alcançar 100% de eletricidade renovável para toda a produção da Apple até 2030. Em 2022, a Apple apelou aos seus fornecedores para que se descarbonizem em todas as suas operações relacionadas à empresa até o final desta década. Isto inclui as emissões residuais inevitáveis ​​com remoção de carbono de alta qualidade.

A Apple está focada em reduzir sua pegada de carbono em 75% em relação aos níveis de 2015, por meio de reduções diretas de emissões, e abordará as emissões residuais com remoção de carbono de alta qualidade.