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Instituto Cidades Sustentáveis lança Mapa da Desigualdade das capitais brasileiras

Instituto Cidades Sustentáveis lança Mapa da Desigualdade das capitais brasileiras

Estudo aborda temas de atuação do poder público municipal, como educação, saúde, renda, habitação, saneamento e pode contribuir para o debate neste ano de eleições

26 de março de 2024

O Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) lançou nesta terça-feira (26/3) o primeiro Mapa da Desigualdade entre as Capitais do Brasil. Em dois indicadores, foram utilizadas fontes de organizações não-governamentais: Emissões de CO2e (dióxido de carbono equivalente) per capita, do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), do Observatório do Clima (OC); e Percentual do município desflorestado, do MapBiomas.

O Mapa reúne 40 indicadores nas várias áreas de atuação do poder público municipal (saúde, educação, renda, moradia, saneamento, violência, emissões de carbono, entre outras) e permite análises e comparações entre as 26 capitais estaduais do país.

Inspirado no Mapa da Desigualdade de São Paulo, publicado há mais de dez anos pela Rede Nossa São Paulo e pelo Instituto Cidades Sustentáveis, a primeira edição do mapa das capitais reforça a percepção da enorme distância que separa as várias regiões e estados do país, tanto em termos socioeconômicos quanto na oferta de infraestrutura urbana e serviços públicos.

Destaques e indicadores:

População abaixo da linha da pobreza (%)
Melhor indicador – Florianópolis (1% da população)
Pior indicador – Salvador (11% da população)

Desnutrição infantil (% de crianças menores de 5 anos desnutridas)
Melhor indicador – Teresinha (0,44%)
Pior indicador – Salvador (4%)

Gravidez na adolescência (% de nascidos vivos de mães com 19 anos ou menos)
Melhor indicador – Florianópolis (5,6%)
Pior indicador – Macapá (18%)

Idade média ao morrer (média de idade das pessoas que faleceram, de acordo com o local de residência)
Melhor indicador – Belo Horizonte e Porto Alegre (72 anos)
Pior indicador – Boa Vista (57 anos)

Pessoas sem instrução e fundamental incompleto ou equivalente (%)
Melhor indicador – Florianópolis (13,7%)
Pior indicador – Maceió (30,8%)

Presença de vereadoras na Câmara Municipal (%)
Melhor indicador – Porto Alegre (30%)
Pior indicador – Campo Grande (3,5%)

Desigualdade de salário por sexo
(razão do rendimento médio real das mulheres sobre o rendimento médio real dos homens)
Melhor indicador – Macapá (0,97)
Pior indicador – Campo Grande (0,64)

Razão do rendimento médio real (negros / não negros)
Melhor indicador – Palmas (0,88)
Pior indicador – Fortaleza (0,42)

População atendida com esgotamento sanitário (%)
Melhor indicador – São Paulo (100%)
Pior indicador – Porto Velho (5,8%)

Taxa de desocupação (desemprego)
Melhor indicador – Campo Grande (3,4%)
Pior indicador – Salvador (16,7%)

Domicílios em favelas (%)
Melhor indicador – Campo Grande (1,4%)
Pior indicador – Belém (55%)

Ranking das capitais

O Mapa da Desigualdade entre as Capitais permite a análise do desempenho geral das 26 cidades presentes no estudo. Para tanto, considera-se a classificação desses municípios em cada um dos 40 indicadores, conforme o seguinte critério de pontuação: 26 pontos foram atribuídos à cidade que apresenta o melhor indicador, 25 pontos à cidade que apresenta o segundo melhor indicador, e assim sucessivamente até a 26ª cidade, que recebe 1 ponto. Quando duas ou mais capitais obtiveram o mesmo valor em determinado indicador, os pontos atribuídos foram ponderados.

A pontuação final é o resultado da soma dos pontos da cidade obtidos em cada indicador. Veja abaixo a classificação geral:

A pontuação final é o resultado da soma dos pontos da cidade obtidos em cada indicador.