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Menos de 3% das empresas informam CO2 emitido por suas atividades e pelo uso de energia

Menos de 3% das empresas informam CO2 emitido por suas atividades e pelo uso de energia

Amostra do estudo da EY e da YPO contempla pessoas jurídicas de 80 países, incluindo os da América Latina, com predomínio de faturamento anual entre zero e US$ 50 milhões

27 de março de 2024

Menos de 3% das empresas fornecem dados sobre emissões de suas atividades e da energia utilizada, os chamados Escopos 1 e 2, segundo o Global Impact Report. Este estudo foi elaborado pela EY e pela YPO junto a empresas de pequeno e médio portes.

O desafio também é grande em relação ao Escopo 3, que abrange toda a cadeia de suprimentos, de acordo com outro levantamento, focado em grandes empresas. Por causa da falta de acesso aos dados, há dificuldades para reduzir essas emissões, conforme o estudo “Sustainable Value Study”, produzido pela EY com base nas respostas de 520 responsáveis por áreas de sustentabilidade de dez indústrias em 23 países.

Se as PMEs têm dificuldades com o monitoramento das suas próprias emissões, o de terceiros quase não está acontecendo. Esse cenário é preocupante na medida em que essas empresas têm enorme participação na economia dos países. Somente no Brasil, de acordo com levantamento recente do Sebrae, há 22 milhões de pequenos negócios que respondem por cerca de 99% das empresas existentes no país, 55% do conjunto total de empregos com carteira assinada e quase 30% do PIB.

O estudo da EY com a YPO considerou por volta de mil empresas de 80 países, incluindo os da América Latina, dos seguintes setores: serviços; bens de consumo; e financeiro. Elas fazem parte da YPO, uma comunidade que reúne a liderança global em cargos de C-Level com mais de 35 mil membros representando US$9 trilhões de faturamento das suas organizações.

O tamanho das empresas foi definido a partir do seu faturamento anual, com a maioria entre zero e US$50 milhões, o equivalente a 68% da amostra. Essas empresas foram consideradas pequenas e médias pelo estudo. O restante (32%) registrou receita anual superior a US$50 milhões.