As consequências podem incluir cancro, doenças cardiovasculares, doenças respiratórias, disfunções renais e problemas de saúde mental
22 de abril de 2024
A proporção da força de trabalho mundial exposta a riscos de saúde relacionados às mudanças climáticas e às proteções existentes em matéria de segurança e saúde no trabalho (SST) aumentou de 65,5% em 2000 para 70,9% em 2020, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT). O relatório Garantindo segurança e a saúde no trabalho num clima em mudança, divulgado nesta segunda-feira (22/4), afirma que as alterações do clima já estão tendo impacto na segurança e na saúde dos trabalhadores em todas as regiões do mundo.
A OIT estima que mais de 2,4 mil milhões de trabalhadores (de uma força de trabalho global de 3,4 mil milhões) poderão estar expostos ao calor excessivo em algum momento, de acordo com os números mais recentes disponíveis (2020).
O relatório também calcula que 18.970 vidas e 2,09 milhões de anos de vida ajustados por incapacidade são perdidos anualmente devido aos 22,87 milhões de pessoas que têm lesões ocupacionais atribuíveis ao calor excessivo. Existem ainda 26,2 milhões de pessoas em todo o mundo que vivem com doença renal crônica associada ao estresse térmico no local de trabalho (dados de 2020).
De acordo com o relatório, numerosos problemas de saúde dos trabalhadores têm sido associados às mudanças climáticas, incluindo câncer, doenças cardiovasculares, doenças respiratórias, disfunção renal e problemas de saúde mental.
O relatório também explora as respostas atuais dos países, incluindo a revisão ou criação de nova legislação, regulamentos e orientações, e a melhoria das estratégias de mitigação climáticas – tais como medidas de eficiência energética – nos ambientes de trabalho.