carbonreport.com.br

Preços dos sistemas fotovoltaicos residenciais registram queda de 6% no primeiro semestre

Preços dos sistemas fotovoltaicos residenciais registram queda de 6% no primeiro semestre

Brasil já tem 2,7 milhões de consumidores conectados à energia solar, com 99,6% das cidades contando com ao menos um sistema instalado

09 de setembro de 2024

Os preços de sistemas fotovoltaicos para clientes residenciais e comerciais (até 75 kWp) registraram em junho queda de 6% em comparação a janeiro. Para sistemas acima de 150 kWp, a redução foi de 15%. A diminuição no custo dos módulos foi um dos fatores determinantes para essa variação, segundo a Greener, empresa de dados e inteligência de mercado focada em transição energética.

De acordo com o Estudo Estratégico de Geração Distribuída, produzido pela
empresa, foram investidos R$ 11 bilhões no mercado fotovoltaico de Geração Distribuída (GD) brasileiro, no primeiro semestre de 2024. No período, o Brasil atingiu a marca de 2,7 milhões de unidades consumidoras conectadas, com 99,6% das cidades contando com pelo menos um sistema fotovoltaico instalado.

A classe residencial voltou a crescer, impulsionada por fatores como preços mais baixos, queda na taxa de juros e retomada gradual do interesse do consumidor. Segundo o estudo, 51% das vendas foram financiadas, o que pode ter sido um reflexo de redução das taxas de juros e menor restrição ao crédito pelos bancos.

Já o retorno do investimento apresentou melhora em junho, com redução de 10% do payback para as instalações locais residenciais em comparação a janeiro, reflexo da queda do preço dos sistemas fotovoltaicos.

Na primeira metade deste ano, o Brasil também bateu recorde de importação de módulos, com 10,7 GW nacionalizados, maior volume registrado em um semestre. Dessa capacidade, 7,5 GW (70%) foram destinados ao mercado de GD, aumento de 5 pontos percentuais em relação a 2023, estimulado também por projetos de usinas maiores destinadas à geração compartilhada e autoconsumo remoto.

“Tivemos uma importante recuperação do mercado nos seis primeiros meses deste ano, já que o mesmo período referente a 2023, que veio logo após a mudança regulatória, foi bastante desafiador em termos de demanda, tanto para os clientes da classe residencial quanto da classe comercial. A tendência é de que essa aceleração se mantenha para os próximos semestres”, afirma Marcio Takata, CEO da Greener.

Imagem: Kindel Media