A gigante do varejo Amazon e a empresa de logística integrada Maersk anunciaram, nesta quarta-feira, que assinaram um acordo para o transporte de 20 mil contêineres usando biocombustível de baixa ou muito baixa emissão de gases de efeito estufa. As duas têm atuação no Brasil.

O serviço “ECO Delivery” da Maersk contribuirá para uma redução do equivalente a 44,6 mil toneladas métricas de CO2 em comparação com o combustível padrão, de origem fóssil. Este é o quarto ano consecutivo que a Amazon e a Maersk organizam o transporte de contêineres utilizando opções de combustível com baixo carbono. O acordo é válido para os anos de 2023 e 2024.

“Estamos orgulhosos de colaborar com a Maersk, signatária do Climate Pledge e líder em logística de transporte marítimo, em soluções viáveis ​​para descarbonizar o transporte marítimo. Estamos entusiasmados por ter contêineres no primeiro navio alimentador movido a metanol da Maersk e por continuar usando seu biocombustível”, disse Adam Baker, vice-presidente de Transporte Global da Amazon.

A opção de biocombustível ECO Delivery oferece reduções de emissões que permitem economias imediatas e verificadas externamente de gases de efeito estufa para os clientes, sem medidas compensatórias, disse o comunicado. Este ano, a Amazon se beneficiará de um novo recurso do produto ECO Delivery, que é o uso de metanol verde, além do biodiesel, como segundo combustível verde de baixa emissão na frota de navios.
Segundo a Maersk, o novo modelo também proporciona estabilidade de preços e está desligado do mercado de combustíveis fósseis.

“O histórico da Amazon em garantir transporte marítimo sustentável ao longo dos anos, independentemente do clima de negócios, é uma prova de suas contribuições para a construção de um futuro melhor. Partilhamos um objetivo comum com a Amazon de reduzir as nossas emissões totais de gases de efeito estufa para zero até 2040. Como fiadores do Compromisso para o Clima, devemos criar constantemente novas oportunidades para fazer desta uma década de ação. A descarbonização do transporte marítimo é um passo significativo que deve ser combinado com muitos outros para proteger o nosso futuro”, disse Narin Phol, presidente da A.P. Moller – Maersk para a América do Norte.

A Maersk define “combustíveis verdes” como combustíveis de baixa ou muito baixa emissão de gases de efeito estufa, em comparação com os combustíveis fósseis. Os combustíveis verdes de sua cadeia de fornecimento são selecionados pela Certificação Internacional de Sustentabilidade e Carbono (ISCC). A metodologia de contabilização das emissões é baseada no GLEC (Global Logistics Emissions Council) e é certificada pelo Smart Freight Center.

“Garantimos o rastreamento de desempenho gerado automaticamente das remessas do Maersk ECO Delivery. Serão emitidos certificados de economia de CO2e da ​​Maersk ECO Delivery. O método é auditado pela PwC de acordo com o International Standard of Assurance Engagements 3410 (ISAE 3410 – Assurance Engagements on Greenhouse Gas Statements), mostrando economias de CO2e para o escopo do acordo Maersk ECO Delivery, afirma a empresa.