30 de janeiro de 2024

Olavo Werlang

O Departamento de Energia dos Estados Unidos anunciou investimentos superiores a US$250 milhões para impulsionar projetos e tecnologias visando a descarbonização do setor industrial. O destaque é para os US$171 milhões destinados a 49 projetos selecionados para reduzir as emissões de gases de efeito estufa na indústria, além de uma oportunidade de financiamento de US$83 milhões para áreas de difícil descarbonização, como a de produção de químicos, aço, alimentos e construção.

A administração americano, Joe Biden, tem concentrado esforços na descarbonização industrial, dada sua significativa contribuição para as emissões dos EUA, representando cerca de um terço do total. A injeção de recursos em áreas estratégicas faz parte das iniciativas previstas na Lei de Redução da Inflação (IRA) e na Lei de Infraestrutura Bipartidária (BIL), com quase US$500 bilhões direcionados para investimentos em energia livre de carbono, manufatura e tecnologias limpas.

“Garantir que o setor industrial da América e sua robusta força de trabalho permaneçam fortes e competitivos é fundamental para manter a vantagem de nossa nação como uma potência econômica global e acelerar a visão do presidente Biden de um futuro energético limpo, feito na América, disse a secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm.

As alocações prioritárias são para projetos focados em oportunidades de descarbonização da produção de ferro e aço, incluindo tecnologias de manufatura, eletrificação e utilização de hidrogênio, que receberão US$37 milhões; US$30 milhões vão para tecnologias de descarbonização para produtos químicos em grande volume, como processos de separação avançados, sistemas de reatores e ciência de catalisadores dinâmicos; US$25 milhões para projetos destinados a descarbonizar o calor industrial e processos térmicos; US$21 milhões para avançar a utilização de combustíveis com baixo teor de carbono; e US$20 milhões para projetos e tecnologias de descarbonização de cimento e concreto.

O financiamento de US$83 milhões será destinado à pesquisa aplicada, desenvolvimento e demonstração em setores com altas emissões, como químicos e combustíveis, ferro e aço, alimentos e bebidas, materiais de construção e produtos florestais, que juntos respondem por mais de 65% das emissões industriais dos EUA, e são essenciais para a descarbonização das cadeias de suprimentos.