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Câmara dos Deputados aprova projeto de lei do Combustível do Futuro

Câmara dos Deputados aprova projeto de lei do Combustível do Futuro

Meta é aumentar a mistura de etanol à gasolina em até 35%; e de biodiesel ao diesel de origem fóssil em 1 ponto percentual por ano a partir de 2025, até atingir 20% em março de 2030

13 de março de 2024

A Câmara dos Deputados concluiu na noite desta quarta-feira (13/3) a votação do o Projeto de Lei do Combustível do Futuro, que cria programas nacionais de diesel verde, de combustível sustentável para aviação e de biometano. O pacote de medidas promove a mobilidade sustentável de baixo carbono, com previsão de aumento da mistura de etanol à gasolina e de e de biodiesel ao diesel. A proposta será enviada ao Senado.

O texto aprovado é um substitutivo do deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) para o Projeto de Lei 528/20, do ex-deputado Jerônimo Goergen, tomando como base o PL 4516/23, do Poder Executivo.

A partir da publicação da proposta como lei, a nova margem de mistura de etanol à gasolina passará de 22% para 27%, podendo chegar a 35%. Atualmente, a mistura pode chegar a 27,5%, sendo, no mínimo, de 18% de etanol.

Quanto ao biodiesel, misturado ao diesel de origem fóssil no percentual de 14% desde março deste ano, a partir de 2025 será acrescentado 1 ponto percentual de mistura anualmente até atingir 20% em março de 2030, segundo metas propostas no texto.

O Plenário rejeitou todos os destaques apresentados pelos partidos.

Confira:

– emenda da deputada Erika Hilton (Psol-SP) que pretendia excluir do texto o tema da captura e armazenamento de carbono;

– destaque do PL que pretendia excluir do texto o trecho sobre adição de biodiesel ao diesel;

– emenda do deputado Altineu Côrtes (PL-RJ) que pretendia fixar em 29,5% o limite máximo de adição de etanol à gasolina;

– emenda do deputado Bibo Nunes (PL-RS) que pretendia condicionar a adição de biodiesel ao diesel desde que tecnicamente preservadas as características mecânicas do veículo;

– emenda do deputado Darci de Matos (PSD-SC) que pretendia exigir do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) o exame de viabilidade técnica ao fixar mistura de biodiesel ao diesel entre os limites de 13% e 25%;

– destaque do bloco MDB-PSD que pretendia permitir o uso de biodiesel na adição ao diesel se produzido por outros meios diferentes daqueles dedicados a essa finalidade;

– emenda do deputado Márcio Marinho (Republicanos-BA) que pretendia autorizar a concessão de subvenção econômica, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no financiamento ao processo produtivo de biogás e biometano.

Fonte: Agência Câmara de Notícias