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Criação da IDX Carbon visa impulsionar metas climáticas indonésias

Criação da IDX Carbon visa impulsionar metas climáticas indonésias

Na cerimônia de abertura da bolsa, em Jacarta, o presidente Joko Widodo disse que potencial do comércio de carbono é de US$ 194 bilhões

A Indonésia lançou nesta terça-feira (26/9) a sua bolsa de comércio de carbono, a Indonesia Carbon Exchange ou IDX Carbon. O anúncio foi feito por meio de comunicado e em cerimônia na capital, Jacarta, com a presença do presidente da República, Joko Widodo.

O mercado de créditos de carbono visa facilitar o cumprimento das metas climáticas do país dependente do carvão e liberar capital para financiar sua descarbonização. No evento, Widodo disse que o potencial do comércio de carbono na bolsa é de US$ 194 bilhões, sem citar o prazo.

A IDX Carbon é operada pela Bolsa de Valores da Indonésia e possui quatro mecanismos de negociação denominados Mercado Leilão, Mercado Regular, Mercado Negociado e Marketplace. A bolsa está conectada ao Sistema Nacional de Cadastro – Controle de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente e Florestas. Isso facilita a administração da transferência de unidades de carbono e evita dupla contagem, informa em seu comunicado.

Os interessados em participar do comércio de créditos de carbono devem se registrar no Ministério do Meio Ambiente e Florestas do país. Empresas que queiram reduzir voluntariamente as suas emissões de gases de efeito estufa podem se registar para comprar unidades de carbono disponíveis. Já os proprietários de projetos que tenham unidades de carbono registadas podem vendê-las.

No primeiro dia de operação, entre os compradores no comércio inicial estavam o Bank Central Asia, o Bank CIMB Niaga, o Bank DBS Indonesia, oBank Mandiri (Persero), a Pertamina Hulu Energi e a Pertamina Patra Niaga, entre outros.

As unidades de carbono vendidas na bolsa de carbono serão consideradas títulos e deverão ser registadas. Os operadores de mercado terão de ser licenciados pelo regulador.

A Indonésia ratificou o Acordo de Paris em 2016 e estabeleceu sua contribuição nacionalmente determinada (NDC) para a redução de emissões de gases de efeito estufa em 43,2% até 2030. A meta de atingir emissões líquidas zero de carbono é 2060.