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Foresea reaproveita 100% dos resíduos gerados na perfuração offshore

Foresea reaproveita 100% dos resíduos gerados na perfuração offshore

A reciclagem contribui para evitar a geração de gases de efeito estufa pelos resíduos industriais lançados no meio ambiente.

02 de dezembro de 2023

A Foresea acaba de se tornar a primeira empresa do mercado de óleo e gás brasileiro ao reaproveitar 100% dos resíduos gerados em suas operações marítimas e terrestres. Em 2022, a companhia já havia conseguido zerar o envio de resíduos para aterros sanitários. A reciclagem contribui para evitar a geração de gases de efeito estufa pelos resíduos industriais lançados no meio ambiente.

“Em 2022 chegamos perto, com 99% de reaproveitamento em mais de 1.835 toneladas de resíduos provenientes de nossas operações, seja por meio de reciclagem ou de coprocessamento. Mas ainda faltava um ajuste fino no processo. Finalmente, em outubro de 2023, atingimos a meta dos 100% de reaproveitamento”, ressalta o COO da Foresea Heitor Gioppo.

A meta foi atingida a partir do programa Aterro Zero e a receita obtida com o reaproveitamento dos resíduos é investida em projetos socioambientais, informa a empresa.

Historicamente, mais de 50% dos resíduos gerados pela Foresea são reciclados. De janeiro a outubro de 2023, os metais lideraram a categoria de reciclados com 414 toneladas, seguidos pelos plásticos (22 toneladas), papéis (14 toneladas), tetrapaks, baterias, entre outros.

Os resíduos contaminados com óleos, graxas e produtos químicos somaram 176 toneladas no período e também respondem por uma parcela relevante na perfuração de poços de petróleo. Esses resíduos são co-processados e utilizados como combustível alternativo para os fornos de produção de cimento.

O plano de reduzir a zero o envio de resíduos para aterros sanitários foi traçado em 2019, quando a então Unidade de Negócio de Perfuração que deu origem à empresa adotou o projeto Aterro Zero como parte de sua estratégia.

Para chegar aos 100% de reaproveitamento, foi preciso concentrar esforços nas etapas subsequentes da vida dos resíduos. Isso porque alguns tratamentos feitos por empresas destinadoras não eram considerados reaproveitamento pelos padrões do GRI. Um exemplo era o tratamento de cinzas provenientes de resíduos de incineração.

Para vencer essa última barreira, a área de Sustentabilidade da Foresea buscou junto com as empresas de destinação de resíduos a possibilidade do reaproveitamento mesmo após processos de tratamento que já são consolidados no mercado.

Acompanhamento digital ajudou

As metas do programa Aterro Zero só foram possíveis porque a empresa criou um sistema de Sustentabilidade Digital. Os dados e planilhas de descarte e reaproveitamento de resíduos de todas as unidades da empresa, em terra e no mar, passaram a integrar um dashboard único, alimentado permanentemente e atualizado quase em tempo real.