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Petrobras vai investir US$ 11,5 bilhões em projetos de baixo carbono entre 2024 e 2028

Petrobras vai investir US$ 11,5 bilhões em projetos de baixo carbono entre 2024 e 2028

Valor aprovado pelo Conselho de Administração da empresa é mais do que o dobro do que foi destinado a iniciativas de baixo carbono no último Plano Estratégico quinquenal

24 de novembro de 2023

A Petrobras vai investir US$11,5 bilhões em projetos de baixo carbono nos próximos cinco anos, segundo o Plano Estratégico para o quinquênio 2024-2028, aprovado nesta quinta-feira (23/11) pelo Conselho de Administração da empresa. O valor é mais do que o dobro do previsto no plano anterior.

Os focos são iniciativas de descarbonização das operações, desenvolvimento de negócios no segmento de energias de baixo carbono, com destaque para biorrefino, energias eólica e solar, além de captura, utilização e armazenamento de carbono ((Carbon Capture Utilisation and Storage – CCUS) e de hidrogênio.

“A Petrobras está voltando a investir em projetos de novas energias. Vamos escolher projetos rentáveis, priorizando parcerias para redução de risco e compartilhamento de aprendizados. Com esta nova frente, queremos também desenvolver as vantagens competitivas regionais do Brasil”, disse o presidente da empresa, Jean Paul Prates.

Reduzir as emissões de carbono, zerar o vazamento de materiais, diminuir a captação de água doce e geração de resíduos sólidos, promover diversidade de raça e gênero em cargos de liderança também estão entre os compromissos com o meio ambiente e a sociedade firmados pela empresa.

Investimento total previsto para cinco anos é de US$102 bilhões

O Plano Estratégico para o quinquênio 2024-2028 prevê um investimento total de US$102 bilhões, com crescimento de 31% em relação ao período anterior. De acordo com a companhia, a meta principal é iniciar a integração de fontes energéticas, permitindo uma transição energética “justa e responsável”.

As projeções do novo plano são de que aproximadamente 60% da geração de caixa da Petrobras voltará para a sociedade na forma de tributos e pagamentos à União, estados e municípios. O aumento dos investimentos nesse quinquênio é explicado pelas aquisições potenciais, ativos que voltaram para a carteira da companhia e a inflação de custos. A dívida bruta da companhia continuará limitada a US$ 65 bilhões.

“Aumentamos os investimentos totais da Petrobras com responsabilidade, foco na disciplina de capital e compromisso de manter o endividamento sob controle. Também intensificamos os investimentos em baixo carbono com projetos rentáveis para geração de valor no longo prazo. Vamos fazer a transição energética de forma gradual, responsável e crescente, investindo em novas energias e sem abrir mão, de uma hora para outra, da produção de petróleo ainda necessária para atender a demanda global de energia e financiar a transição energética”, diz Jean Paul Prates, presidente da Petrobras.